domingo, 28 de março de 2010

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Graffiti do corpo - José Gil.

José Gil.












desenharei o teu corpo em todas as paredes
como a luz, a sombra dos teus seios negros
ressoaria talvez meu beijo no teu ouvido
ao vento como o touro da selva dos teus
cabelos crespos, dedos de nada toda a luz de mel

a cavalgada será estática no graffit entre olhares
e muros de lembrar os dias e as suas faces
a membrana sonora do beijo de lingua
uma clareira negra para tocar e novamente
o vento das tintas do teu corpo na janela da
casa pequena, dos teus beijos na nuca





Imagem: Charlie B. Johnson


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