Isaías Faria.
dor nenhuma de amor escapa entre os dedos
voa feito caça
ronda a ferida
alcança a célula
dor nenhuma de amor é ampulheta parada
vira-se sempre
não tem volta
é dono de um cais e
nos faz ir de peito em chagas quentes
dor nenhuma de amor perdoa
mas não tenha medo
é pior
ele aproveita
o amor é assim ;
ele aproveita
Imagem: Katerina Lomonosov
sexta-feira, 30 de abril de 2010
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adágio escrito de uma condição humana - Isaías Faria
autor(a): Unknown
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5 comentários
Muito bom te encontrar por aqui, Isaías! Belo poema, gostei da relação amor/ampulheta! Ampulheta!
Gostei da tua fala de amor, meu caro! A poesia proporciona essa vastidão de signos sobre um mesmo tema. Que maravilha saber que cada um de nós partilha esferas diferenciadas de vida!
Abração!
Ótimo poema e bela imagem, casamento perfeito.
Abração.
Dor de amor é amenizada com sopro, beijinho e band aid. Se entregar a ela é o mesmo que se entregar a uma bactéria....Beijos, querido!!!!!!
ele aproveita sempre :)
Um grande abraço pelo belo poema
Jorge
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