Lílian Maial.
Hoje é 25 de abril, e precisamos relembrar sempre datas como esta.
Em Portugal, comemora-se neste dia a "Revolução dos Cravos", que foi como ficou conhecida a queda do regime ditatorial de Salazar, com o apoio popular e de militares intermediários (MFA).
A revolução portuguesa ocorreu quase que simultaneamente à nossa "abertura", e certamente teve íntima relação com ela.
Lá, com aqui, a revolução não conseguiu atingir a plenitude de seus objetivos, pois que a ambição capitalista, a política mentirosa e a igreja, com seus interesses financeiros, acabaram por deixar distantes os verdadeiros ideiais revolucionáriosm de igualdade de oportunidades aos trabalhadores e a toda a população.
A crise mundial não é a responsável, mas coloca em evidência a pobreza de cada povo, exacerbando a face mais sofrida do páis.
Em homenagem aos amigos portugueses e para chamar a atenção do povo brasileiro, transcrevo este meu poema:
Em Portugal, comemora-se neste dia a "Revolução dos Cravos", que foi como ficou conhecida a queda do regime ditatorial de Salazar, com o apoio popular e de militares intermediários (MFA).
A revolução portuguesa ocorreu quase que simultaneamente à nossa "abertura", e certamente teve íntima relação com ela.
Lá, com aqui, a revolução não conseguiu atingir a plenitude de seus objetivos, pois que a ambição capitalista, a política mentirosa e a igreja, com seus interesses financeiros, acabaram por deixar distantes os verdadeiros ideiais revolucionáriosm de igualdade de oportunidades aos trabalhadores e a toda a população.
A crise mundial não é a responsável, mas coloca em evidência a pobreza de cada povo, exacerbando a face mais sofrida do páis.
Em homenagem aos amigos portugueses e para chamar a atenção do povo brasileiro, transcrevo este meu poema:
PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE CRAVOS...
(aos amigos portugueses)
E desce a foice,
encoberta pelos hábitos, caldos e migalhas.
Decepa cabeças e troncos,
destrói o milho,
que não espera a desfolhada.
Um vulto negro sobrevoa tilintando o poder,
entrelaçado de artimanhas,
num debilitar de conquistas,
até o sórdido aquiescer dos silêncios.
Onde os direitos fundamentais,
a resistência, os trabalhadores?
O manto oculta as violações,
os saques, o sonho de democracia.
Era apenas abril,
mas o céu trazia a promessa de farta colheita,
o cheiro de vida e futuro.
Hoje resta o discurso e o fosso,
Que enterra a paz social e as liberdades.
O sangue ainda tinge o cravo,
mas a tirania do ouro empalidece a tez da igualdade,
numa revolução fictícia e benta de interesses.
Sinuoso monstro de feições conhecidas,
o verme capitalista devora lentamente
o grito de Abril.
O trabalhador carrega o fardo
e depõe as armas, a voz, a força,
acuado por fantasma que arrasta correntes alheias.
Novamente é Abril
e o povo sabe.
Navegar é preciso.
Mudar é preciso.
Muda o rumo, a esperança, a justiça!
A mentira é prato forte da serpente política.
A batina esconde a venda e a fortuna.
E não há anjo da reconciliação de classes!
Fome e miséria não esperam,
e os pobres já não querem mais se alimentar
apenas do suficiente para continuarem
escravos dos seus senhores...
Imagem: img 190.imageshack.us
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