O que vai ficar para nossos filhos,
quem sabe!
Um planeta inabitável
onde nenhum verde terá,
nenhuma flor se abrirá.
Um céu coberto de nuvens,
sem brilho,
ácidas, escuras, incontroláveis,
fumaça, escuridão,
e um mar maltrapilho.
E com seus olhos verão,
no lugar de água,
areia e pó.
E o homem só.
Em nome do poder, do dinheiro,
da ganância e desamor,
se destrói o que de bom temos,
e veremos,
se vão suportar o calor.
Nada mais fica em pé,
tudo é derrubado, tudo cai por terra,
e quase se perde a fé,
pois quem assim erra,
não tem amor.
Cadê as praças, os bancos na sombra,
pois mais uma árvore tomba,
e os pássaros sem ninho,
na míngua pelos rotos caminhos,
fenecem,
entristecem,
e seu canto sem esperança
grita por uma aliança,
com o homem, a natureza,
a criança.
Perceberá muito tarde,
Ó homem!
Que dinheiro não se come.
É só tristeza!
sábado, 17 de abril de 2010
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Quase sem esperança - Paola Rhoden
autor(a): Paola Rhoden
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1 Comentário
Paola
Moro na Amazônia, ainda no meio de muito verde e muitas águas doces, embora, concorde que as árvores desabadas sangran nossas almas. Oportuno e bonito teu poema...mas ainda fico do lado da esperança e continuo a acreditar nesse vasto verde mundo.
Fico feliz em te ler, novamente.
Abraços
Noélio A. de Mello
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