sexta-feira, 7 de maio de 2010

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Mãos à toa - Patrícia Amorim


Não, não tive mãos à toa.
Abraçaram todos com euforia,
Apanharam o que me dava alegria,
Levantaram em momentos de fúria,
Abaixaram com gestos de ternura.
Mãos que sentiram a brisa dançante,
Fecharam de frio cortante.
Não, não tive mãos à toa.
Com elas, segurei meus dois amores,
Que delas, fazem abusos constantes;
Mãos que enxugaram lágrimas escondidas,
Escreveram palavras contidas.
Mãos que defenderam inocentes,
Empurraram indecentes.
Mãos que ainda imploram por carinho,
Mas sabem, que a qualquer momento,
Uma terá a outra.
Não, não tive mãos à toa.

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