sei do frescor do rio
e não comento das pedras que não piso
estão lá, pertencem a esse ar parado
................................................morno
muito do que não sei, existe
como o silêncio fumegante
de uma xícara de café.
entre a boca e o líquido há um espaço
e percorrê-lo não compete ao desenho
: requer invenção
invento um caminho sem palavras.
sou paciente para fazer-me branca,
não morrerei do vindouro de uma manhã.
sonia regina
8.5.10
Imagem: Giovanni Tilotta
9 comentários
Um texto delicado como um sopro, e firme como uma rocha... lindo!
Um comentário não menos poético.
Obrigada, Sônia, por ele e pela leitura!
Beijo
Como comentei anteriormente, aqui sempre se encontra um casamento perfeito entre poesia e imagem. Esse post é mais um caso de beleza harmonizada! Ótimo.
Olá Rafael!
Obrigada pela leitura e comentário. A imagem me fascina e há anos venho buscando criar composições com elas e as palavras poéticas. Com todo o tato requerido, claro.
bjs
Salve Alva Poetiza!
Esse Seu Poema
: Pura Transcendência
Novos Rumos
Um Beijo! Jorge X
no mundo do fas de conta poetiza = poetisa...
Sonia
Os olhos castanhos da esperança sempre encontram seus caminhos. Perfeitas núpcias entre duas riquezas.
Lindo
Noélio a. de mello
Um inventar caminhos sem fim, no silêncio e no frescor de uma xícara de café... Imagens belíssimas!
Bjs
Eh, amigos Jorge, Noélio, Betusko!, obrigada!
Oxalá o inventar de rumos e caminhos se efetive para além das imagens e símbolos:
": Pura Transcendência"
"Perfeitas núpcias entre duas riquezas"
"Um inventar (...) no silêncio e no frescor de uma xícara de café"
Beijo
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