lançada à boca do rio
- nua de barco.
Sem tato, é um lastro à mercê
do turbilhão de pássaros
da elipse do dia
[sem percepção dos instantes
voando no arco da memória]
o pranto transmutado em ária
acontece numa travessia discreta.
nas mãos do Pescador sussurra o oceano
e eu, marejada, tropeço nas palavras
o movimento imperceptível do tempo
pisca certezas, a generosidade
me acena de um cisco
e o poema nasce, na delicadeza da passagem.
sonia regina
..rio, 27.6.10
"O cisco sentado no banco da praça
insiste em ser o poema que permanecerá por séculos."
insiste em ser o poema que permanecerá por séculos."
Cássio Amaral
[Em Ínfimo Devaneio Matrix]
[Em Ínfimo Devaneio Matrix]
Imagem: Arto Muhtaryan
2 comentários
Cotidiano/vida acolhido/a pela metavisão formosa e atenta do poeta: poesia! Simplesmente agradeço por esse presente de leitura!
Um presente a tua leitura, pablo, com comentário tão rico.
Obrigada.
bjs
da sonia
Postar um comentário