quarta-feira, 16 de junho de 2010

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Pedro Du Bois - AFASTAR

































Aos afastamentos recorro em sonhos
ao desatento espírito. Longe a perspectiva
reafirma o todo na bruma escondendo
dos detalhes os olhos perdidos em ensinamentos:
a pergunta não completada em pagamentos,
a dúvida desconfortável do móvel arrumado
para a festa de aniversário. Sobre o dia
anunciado digo sobre morros circundando
prédios altos em terrenos escassos e pessoas
transitam formigas no mesmo solo. Só, repito
o gesto. Gasto. Gosto. Coloco o guizo no pescoço
do gato que me olha irônico. A ironia
animal do corpo deslizando ajudas. Afastado,
revejo a vista da noite em luzes apagadas.






Imagem: Andrzej Radka












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