sexta-feira, 16 de julho de 2010

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Cássio Amaral - METAFÍSICA DOS COIOTES I



























Rasgo o trago do imprevisto
que distrai o tempo que passa rápido.
Canto o cântico dos malditos que me cai.
Tudo vaza, tudo explode.
A noite é lenta quando lírios conspiram
contra a sorte perdida.
Lâminas que a incerteza jura fatiar para a salada
de nepotismo barato e regular da gargalhada da noite.
Bebo as estrelas virgens,
Como os meteoros platônicos,
latindo, uivando pra lua prostituta
que cavalga numa nuvem
o sexo santo dos devassos.



Cássio Amaral
2/6/2006







Imagem: Sam Norris

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