sexta-feira, 16 de julho de 2010

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Sem mais - Thabata Lima Arruda

No asfalto do quarto.
Na rua feita de chão.
Com sexos à mostra
sem panos nas vergonhas.
E quando os gritos são mudos,
e quando emudece o prazer,
é quando a hora de suspirar clímax acontece.

Na pele de perfume.
No suor com cheiro.
Com corpos à mostra
sem armaduras nos sentimentos extremos.
Então existem apenas corações,
e inexistem superficialidades.
É então que a inexistência de dois, faz existir súplicas unas.

Sempre insisti orando.
Sempre existi cantando.
E ainda que me digas adeus,
ainda que deixes de ser aquele meu homem,
estarei com o cheiro do teu perfume em meus panos,
o suor ainda escorrerá sobre minha tez.

Ainda que me vejas com sorrisos esboçados,
serão todos mentirosos.
Ainda que as poesias digam bonitezas
em mim existirá apenas coração.
Inexistirá superficialidade.
Então, o amor de dois será inexistente, e existirão apenas súplicas unas.
Uma única súplica no asfalto deste quarto.
Apenas um grito mudo e nada más.

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