quarta-feira, 14 de julho de 2010

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A distância e a foto vazia

Meus olhos eram fotógrafos
sentados no banco da praça
fenecidos de tristeza na beleza
singular do cais:

desesperados por uma pose familiar!...

Registravam melancólicos:
casais enamorados rindo e indo de bicicleta
até se esconderem na curvatura do cais...
– Ah!... o amor persistia em paz!

Mas o meu alento se achava distante, distante!...
Estava, eu, sem as minhas emoções.

E revelou-se apenas
fotos em preto e branco, pequenas,
sem vida sem nada.
E meu coração jaz no vento da saudade.
.
.
.
.
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(Imagem: idem)

1 Comentário

R,

oi Poeta,

Não sei se já te disse, mas acho lindo o modo como você. Tão simples
e tão profundo. Gostoso de ler.
Continue assim.

Bjs, R.