sábado, 4 de setembro de 2010

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Inverno no Coração - Terceiro Capítulo

Capítulo III

Continuei o caminho até minha sala que ficava no final do corredor. A manhã passou rapidinha porque tinha montanhas de trabalho a fazer, e o frio sempre me convida a ser mais produtiva. Quando percebi alguém batendo de leve na porta, olhei para o relógio na parede. Vi que era hora do almoço. Levantei para abrir a porta, mas Joanim já estava com ela entreaberta e falou:

- Vamos?

Saímos para a rua que já estava bem movimentada porque o frio amainara, e o sol tímido tentava aquecr os ramos das frondosas árvores. Fomos andando até o restaurante que ficava do outro lado da praça.

- Você nem sabe o quanto estou feliz por me convidar para esse almoço. – disse ele

- Ora! Fui convidada para assistir uns filmes em sua casa. Embora o conheça, este conhecimento é muito superficial. E para falar a verdade estou bem tentada a aceitar seu convite, pois gosto de filmes históricos, principalmente se são bem antigos.

- Então você vai gostar destes. São todos de histórias quase imemoriais. – e riu.

Ri também e isso selou nossa camaradagem, porque ficamos conversando até bem além do nosso horário, e quando voltamos ao trabalho estávamos os dois muito animados e felizes.

Após o expediente saímos juntos e fomos até a casa dele para vermos os filmes. Antes passamos em uma confeitaria e compramos várias guloseimas para degustarmos durante a sessão cinematográfica improvisada. Desse dia em diante ficamos companheiros inseparáveis. Ele demonstrou ser um perfeito cavalheiro, agradável companhia e uma pessoa confiável. Quando foi que passou a ser namoro nenhum de nós soube dizer. Só sei que quando percebemos, estávamos marcando a data do casamento. Os preparativos duraram muito pouco tempo, porque não tínhamos muitas pessoas a convidar. Nem ele e nem eu. Parentes alguns poucos, amigos menos ainda. Só aí foi que chegamos à conclusão, que nós dois éramos pessoas isoladas do mundo. Com todas as letras.

O dia do casamento chegou. Os poucos convidados e parentes não ocupavam nem um quarto da pequena capela em que a cerimônia foi encomendada. Casamos, fomos para o restaurante onde contratamos um Buffet simples, mas com muita comida e bebida. E é claro, o bolo. Alguns colegas de trabalho fizeram algumas homenagens, algumas brincadeiras, e os parentes nos desejaram felicidades. Ao final de tudo fomos para o pequeno apartamento no qual decidimos morar. Era bem pequeno, mas aconchegante e agradável. Assim, sem lua de mel, sem nada especial, nossa vida a dois começou.

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