domingo, 19 de setembro de 2010

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SOMBRAS DAS NOSSAS CINZAS - Cássio Amaral




















Comemos cinzas todos os dias
O sol reflete o grito do inominável
Shadow on the Sun
Uma estrada me indica o caminho
Preciso de lua
Rasgo a vela
Acendo a sombra
Chamo Hilda Hilst
Audioslave faz minha cabeça
Tudo rápido
Tudo Hendrix
Desconstruo um verso tolo
Música que delira dentro
E fora
Papaguaio que repete
Letras que não solo
Mas a lua insana me diz a real
E uivo um blues rouco
Numa canção que se traduz
Em tudo que reluz na melodia
Brinco assim de ser menino
Lembrando que nunca envelheço
Me suicidando todo dia
Nos sons dos ventos de Alighieri
Minha pele cheira fogo
Sufragando pensamentos ancestrais.
Melodia de louco, beat e zen.




Imagem: autor ignorado



1 Comentário

jorge vicente

zen zen zen
poeta humano vivo
louco como todos nós

que vivemos do amor
sem fim!

grande abraço, querido cássio!
jorge