Malu ergueu a perna e passou por cima da cabeça do amante que, aconchegou comodamente num fremir de desejos e gemidos. Malu não queria só proporcionar prazer, queria também que o parceiro proporcionasse a ela a satisfação que, se não fosse plena, mas fosse aprazível pelo menos. Por isso, se submetia aos caprichos dos amantes. Sendo assim, afastou as pernas e se entregou aos vitupérios da peçonhenta língua.
Por causa do feriado, o metrô estava praticamente vazio. Sentia um aperto constrangedor sem noção do que se passava com ela. Talvez por ver o pessoal de um lado para o outro carregando suas malas a fim de desfrutar o feriado prolongado. Tinha se preparado mentalmente para aquela ocasião, mas como sempre, o preparo não fora suficiente. Precisava ainda de muito esforço para entrar numa tranqüilidade zen e não se preocupar por não poder fazer o que desejava. Havia muito ainda para aprender.
- Desculpe.
- Não foi nada.
Assustou-se com o rapaz que entrando no trem esbarrou nela. Malu seguiu o rapaz com o olhar. Sorriu lentamente no brilho dos olhos castanhos escuros, sobrancelhas aparadas cuidadosamente, dentro de um rosto quase oval, sobrepondo a umas mexas de cabelo que teimavam cair sobre a testa. Retribuindo, o rapaz jogou de volta o sorriso.
Em certas ocasiões, Malu se entregava a ponto de, conscientemente, se desligar ao que se passava. Seu corpo estava ali aceitando sem reclamar os carinhos e gestos, às vezes, asquerosos dos parceiros, mas sua mente voava em horizontes mais confortador e aprazível. Aprendia rapidamente a técnica das prostitutas: entregava o corpo pelo sustento e, recolhia a alma para, se um dia surgisse, príncipe encantado.
Malu também tinha seus sonhos que eram naquele momento subjugados aos desejos da carne.
- Vamos mudar de posição, disse o amante em seu ouvido numa voz calma e profunda.
- Está bem, respondeu e virou-se de bruços.
Ao vê-lo dentro do terno azul marinho, gravata vermelha e camisa branca, Malu não dera muito valor ao corpo franzino do rapaz. Mas no aconchego dos lençóis...
Por causa do feriado, o metrô estava praticamente vazio. Sentia um aperto constrangedor sem noção do que se passava com ela. Talvez por ver o pessoal de um lado para o outro carregando suas malas a fim de desfrutar o feriado prolongado. Tinha se preparado mentalmente para aquela ocasião, mas como sempre, o preparo não fora suficiente. Precisava ainda de muito esforço para entrar numa tranqüilidade zen e não se preocupar por não poder fazer o que desejava. Havia muito ainda para aprender.
- Desculpe.
- Não foi nada.
Assustou-se com o rapaz que entrando no trem esbarrou nela. Malu seguiu o rapaz com o olhar. Sorriu lentamente no brilho dos olhos castanhos escuros, sobrancelhas aparadas cuidadosamente, dentro de um rosto quase oval, sobrepondo a umas mexas de cabelo que teimavam cair sobre a testa. Retribuindo, o rapaz jogou de volta o sorriso.
Em certas ocasiões, Malu se entregava a ponto de, conscientemente, se desligar ao que se passava. Seu corpo estava ali aceitando sem reclamar os carinhos e gestos, às vezes, asquerosos dos parceiros, mas sua mente voava em horizontes mais confortador e aprazível. Aprendia rapidamente a técnica das prostitutas: entregava o corpo pelo sustento e, recolhia a alma para, se um dia surgisse, príncipe encantado.
Malu também tinha seus sonhos que eram naquele momento subjugados aos desejos da carne.
- Vamos mudar de posição, disse o amante em seu ouvido numa voz calma e profunda.
- Está bem, respondeu e virou-se de bruços.
Ao vê-lo dentro do terno azul marinho, gravata vermelha e camisa branca, Malu não dera muito valor ao corpo franzino do rapaz. Mas no aconchego dos lençóis...
pastorelli
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