Batuca bastante, que é para não abafar
Esse compasso jogado, ensaiado, de vida.
Batuca bastante que é para ser infinito
Esse passinho manso, tão juvenil, todo seu.
Batuca, coração. Ah, batuca.
Venha desatinar no meu salão de roda,
De vela que arde e consome em graça
Tudo que é noite nesta saudade.
Vai pensamento, leva minha cadência
Em rodopios onde a lua ainda é alta.
E tenha na volta a suave melodia cálida –
A tímida candura daquele hálito dela.
Imagem: Pnina Evental
1 Comentário
Adorei este.
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