VI.
Sentado sobre uma pedra, ao crepúsculo, contemplando o rio, Arauá era todo pensamentos.
Breve, teria de sair em expedição de busca, de folhas, frutos e raízes curativas e algumas delas só se encontravam muito longe dali a três dias de viagem a pé, através da selva, no vale das onças negras.
Arauá meditava sobre as entidades e divindades que habitavam a mata.
Ah! Quanto tempo fora necessário, quantas interrogações mudas e gritantes o haviam consumido até chegar abruptamente e quase sem surpresa, à grande revelação sobre a natureza e o papel das inúmeras entidades, boas e más que habitavam cada recanto da selva!
Para cada rio, por maior ou menor que fosse, havia uma entidade encarregada de diluir-se e conviver com ele, podendo às vêzes influenciar a vida e o destino de quem por ali passasse.
Para cada clareira na selva, cada trilha, cada lago, cada montanha, cada lugar, havia uma entidade que ali residia, e ou se extinguia quando o lugar deixasse de existir, ou se modificasse completamente.
As vêzes, Arauá acreditava que conseguia entrar em contato com essas entidades, conversar, de certa forma com elas, como quando pedia permissão para entrar em determinado lugar da floresta, ou quando voltava a pisar em algum lugar onde há muito tempo não ia, ou quando pedia proteção para si mesmo, ou ainda quando em suas longas meditações dirigia-se em voz alta à entidade que ele acreditava estar presente. E as respostas sempre surgiam, não das árvores ou da terra, não dos rios ou das pedras, mas de si mesmo, de seu próprio interior...
E foi assim, através de suas vozes interiores, de suas manifestações intuitivas, que havia chegado à grande conclusão, que afinal não surpreendeu, como seria de se esperar.
Todas as entidades, espíritos e divindades, que habitavam a floresta, eram na realidade uma só!
Pois a entidade era UNA E MULTIPLICADA !
Sentado sobre uma pedra, ao crepúsculo, contemplando o rio, Arauá era todo pensamentos.
Breve, teria de sair em expedição de busca, de folhas, frutos e raízes curativas e algumas delas só se encontravam muito longe dali a três dias de viagem a pé, através da selva, no vale das onças negras.
Arauá meditava sobre as entidades e divindades que habitavam a mata.
Ah! Quanto tempo fora necessário, quantas interrogações mudas e gritantes o haviam consumido até chegar abruptamente e quase sem surpresa, à grande revelação sobre a natureza e o papel das inúmeras entidades, boas e más que habitavam cada recanto da selva!
Para cada rio, por maior ou menor que fosse, havia uma entidade encarregada de diluir-se e conviver com ele, podendo às vêzes influenciar a vida e o destino de quem por ali passasse.
Para cada clareira na selva, cada trilha, cada lago, cada montanha, cada lugar, havia uma entidade que ali residia, e ou se extinguia quando o lugar deixasse de existir, ou se modificasse completamente.
As vêzes, Arauá acreditava que conseguia entrar em contato com essas entidades, conversar, de certa forma com elas, como quando pedia permissão para entrar em determinado lugar da floresta, ou quando voltava a pisar em algum lugar onde há muito tempo não ia, ou quando pedia proteção para si mesmo, ou ainda quando em suas longas meditações dirigia-se em voz alta à entidade que ele acreditava estar presente. E as respostas sempre surgiam, não das árvores ou da terra, não dos rios ou das pedras, mas de si mesmo, de seu próprio interior...
E foi assim, através de suas vozes interiores, de suas manifestações intuitivas, que havia chegado à grande conclusão, que afinal não surpreendeu, como seria de se esperar.
Todas as entidades, espíritos e divindades, que habitavam a floresta, eram na realidade uma só!
Pois a entidade era UNA E MULTIPLICADA !
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