Não me pede para deixar-te, Ana!
Pois então não vês que
A maior de todas as minhas virtudes
É amar-te loucamente, e sempre?
Como hei de partir com as luzes apagadas
Sem teres o que matar tua fome
E saciar tua louca sede nas noites quentes?
Dize-me o que queres, Ana, e dar-te-ei.
A vida por si é fácil caminho solitário
O amor é que complica pela inevitável partilha.
Pois bem, irei. Mas promete, amada
Que tão logo caia sobre o horizonte
A doçura de tua saudade ensandecida
Chamarás a mim, mesmo que em altos prantos
Para que eu possa novamente, e sempre
Arrancar-te o pesar com pão, jorrar-te água
Na cama, suprir-te o colo de beijos.
Jura, Ana.
Novamente, loucamente, e sempre.
Imagem: Massimiliano Uccelletti
3 comentários
Muito bom mesmo. Bem Drumondiano. Palavras belas e cheias de emoções.
Bjos Tio David
Intenso. Aguardo ansiosa o livro com seus poemas.
Adorei, Mariela.
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