Não sou cubista, nem pós-modernista,
Não participei da revolução concretista!
Juntei apenas as cinzas e construí palácios
Para além do imaginário, para coroar-te minha rainha,
Sagrar-te minha privilegiada concubina nas artes....
Teci estrelas com lampejos do meu resíduo gênio,
Refiz-te após desconstruir-te nas poucas palavras alvissareiras,
Selei promessas que somente Deuses poderiam honrar,
Tão somente para ter-te, cúmplice nessas horas carnívoras
De verborragias afins, sem nexo, sedentas e assexuadas.
Vem, pois, realizar tuas acrobacias no meu páramo,
Ô cópia avessa do meu anti-ego, meu arrebatador instinto animal,
E livrar-me da insana dúvida, do Hamletiano dilema,
Com uma réplica que arremate a perfeita conferência
De duas almas cultas, ocultas, que a vida insulta com seu silêncio.
Jean-Pierre Barakat, 20.09.2008
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
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NÃO SOU CUBISTA...
autor(a): Jean-Pierre Barakat
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