(litografia de henry moore, "cavern", 1973)
3.
"Whatever is said, the same monotonous noise replies, and quivers up and down the walls until it is absorbed into the roof. "Boum" is the sound as far as the human alphabet can express it, or "bou-oum," or "ou-boum," utterly dull. Hope, politeness, the blowing of a nose, the squeak of a boot, all produce "boum." (1)
havia apenas uma gruta
e o temeroso som
um eco que entrava e entrava
e se fundia à pele
como se todos os seres,
homem e mulher,
fossem parte da pedra
e a queimassem
e a devorassem
com os dedos,
com o sexo,
com a luminosidade escura
e frágil do verbo
que preside ao chão.
a mãe segura no filho e apenas
diz:
boum.
jorge vicente
(2) FORSTER, E. M. - "Excerto de Passagem para a Índia" [Em Linha] [Consult. 08 Set. 2008]. Disponível em: http://www.ralphmag.org/EB/passage-india.html.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
4
poema 3 de "os quatro elementos"
autor(a): jorge vicente
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4 comentários
Sensibilidade, raiz, ligação máe-filho, mãe-terra... Sublime!!! :)
belíssimo poema jorge!
Lindo! Comovente! Parabéns, Poeta!
Tenho gostado muito destes poemas que ultimamente vens publicando. Parabéns. Um bom Ano!
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