Quando meus olhos escrevem dos desafios
que trouxeram vitórias e fracassos ao meu corpo
percebo a felicidade como uma recompensa
não marcada no relógio.
Carreguei a palidez sobre artérias ferventes
e não me creditei coragens por isso.
Sem qualquer covardia olhei o vento soprar
em várias direções e não me desintegrei.
Meu corpo, entretanto, transitou sem alma
através de mares fictícios e reais.
Com sangue pintei piratas inventando paisagens
de um vermelho profundo.
Cismar à-toa é um gosto antigo, sentir o jeito do mar também.
Reboliça o meu desejo de mover-me sem previsibilidade.
sonia regina
06012011
Imagem: Kenvin Pinardy
2 comentários
Gostei bastante.
um 2011 de arte e realizações para nós todos.
Daniel
Querida, Sonia,
Que bom te ler.
"Carreguei a palidez sobre artérias ferventes
e não me creditei coragens por isso".
Somos assim como cães que, sôfregos, em busca da felicidade intangível se debatem arfantes na lama verde musgo de algas sobrepostas no lodaçal.
Beijos, abraços e parabéns.
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