segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

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CIÚMES

“Eu amo
Tu amas
Ele CIÚMES separa” (Benedito Cesar Silva)


O amor acende a nossa luz e oferece a chance de nos sentirmos amados, então, tudo brilha; porém, nem todos os relacionamentos cumprem esse papel, como bem escreveu Benedito Cesar Silva nos versos que aqui utilizo como epígrafe.

Quantas vezes nos sentimos inseguros e amargurados por imaginar “coisas” com aquela sensação de rejeição, assumindo uma conduta que só existe na nossa cabeça? Os ciúmes podem levar à ruptura e dor. É preciso avaliar os valores e a ética pessoal, mesmo que o sentimento provoque sofrimento. É preciso investir numa relação descomplicada, onde possamos desatar os ciúmes e reconhecer o nosso valor, admitindo as diferenças e vivendo em relação de cumplicidade.

Procurar libertar-se do ciúme porque muitas vezes ele é o responsável pela tristeza, raiva e inveja, chegando até ao ressentimento. O melhor seria refletir e confiar nas nossas qualidades, para nos tornarmos mais seguros e valorizarmos os amigos, tentar conhecê-los melhor e amadurecer os relacionamentos para que não gerem dúvidas.

Gabriel Garcia Marquez retrata os ciúmes como desafio: “Ciúmes / Que maravilha, disse ela. Sempre disse que os ciúmes sabem mais que a verdade.”

Amar é amar, sentimento delicado e importante para seguir a vida com felicidade. Estar apaixonado é sentir uma grande atração, acreditar na nossa singularidade, porque depende muito de como encaramos os ciúmes. Devemos aprender a ser flexíveis nas relações porque nos cabe controlar as emoções.

“Eu te amo, tu me amas. / Qual dos dois odeia mais? / Quando
se plantam rancores, / em vez de lírios, punhais...” (Luiz Coronel)

É nos momentos de crise que temos que estar prontos e com coragem para enfrentar as possíveis cenas de ciúmes. Sempre é tempo para aprender, fazer escolhas, descobrir e reconhecer os próprios desejos. O reconhecimento nos mantém conectado ao que julgamos importante, a estabilidade emocional. Não deixemos que o ciúme nos faça desistir de amar ou de nos separar do amado. Como em Thiago de Mello, “... a vida que não se guarda, / nem se esquiva,.../ vida sempre a serviço / da vida. / Para servir ao que vale / a pena e o preço do amor.”

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