segunda-feira, 30 de maio de 2011

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A Dama do Metrô 42






- Brunildo? – espantou-se Malu.

- Sim. Por que?

- Desculpe, mas é que nunca vi um nome como o seu.

- Coisa de família, sabe. O nome da minha mãe é Bruna e, do meu pai é Hildo, então resolveram juntar os dois nomes num só, e aí saiu Bunildo. Interessante não é?

- Interessante mesmo...

- Veja meu RG para não dizer que estou mentindo.

Malu pegou o RG e constatou ser esse mesmo o nome dele.

Coitado, pensou, um rapaz atraente, bonito, e com esse nome.

- Escute.

- Sim?

- Quer me visitar onde trabalho?

- Uhm, seria bom.

- Mas há uma coisa.

- O que?

- Não sou garçom?

- Não é? Calculei que fosse.

- Por causa do uniforme?

- Sim?

- Não, não sou garçom, sou chefe de cozinha.

- O que?

- É, chefe de cozinha. Eu que preparo a comida do restaurante, gerencio a cozinha toda.

- Então você não irá me servir?

- Não vou e nem você quereria.

- Por que?

- O restaurante é de luxo e os pratos são caros.

- Então...

- Eu te levo para conhecer a cozinha e me ver trabalhando e lá mesmo a gente almoça ou janta. O que acha?

- Gostei.

- Qual o melhor dia para você?

- Todos os dias, desde que me avise com antecedência.

- Ah! tem alguém...

- Não tenho ninguém, não. É que pode surgir compromisso que não poderei adiar.

- Tudo bem. Esquece, estava brincando, não tenho direito nenhum de me impor.

- Acho bom mesmo. – Malu sorriu contente.

- Eu te telefono, está bem?

- Estarei esperando. – disse sem acreditar muito que ele fosse lhe telefonar.

Despediram-se. Cada um tomou o caminho do seu destino tendo no peito a chama da esperança a revigorar o espírito aventureiro.


pastorelli

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