- Mamãe! Tirou a pulseira por quê?
- Que pulseira?
- A de pérolas que colocou hoje de manhã.
Passei a mão no braço e percebi que não estava mais lá.
- Não tirei filha! Devo ter derrubado por aí enquanto estava distraída olhando as pessoas.
E preocupada passei a procurar pelo mesmo caminho que havia feito anteriormente, da mesa até a espreguiçadeira onde estivera sentada. No local estava uma senhora já idosa. Perguntei em inglês:
- Por gentileza, por acaso a senhora viu uma pulseira de pérolas aqui?
A pessoa respondeu gentilmente que não. Então expliquei a ela o motivo de minha pergunta. Ela disse que no dia anterior também havia sumido uma corrente de ouro com um pingente em brilhante de uma moça sua conhecida. E orientou-me para fazer a reclamação na gerência do hotel.
Embora o pessoal do hotel fosse gentil, após minha reclamação do ocorrido passaram a me olhar com um ar zombeteiro. Por certo pensaram que eu estava valorizando muito uma pulseira de pérolas. Mas na verdade a jóia era um presente de meu pai, se não pelas pérolas e os brilhantes que nela existiam, mas pelo valor sentimental que a ela se agregava se tornava muito especial para mim. E quase chorando saí da recepção para o meu quarto.
Minha filha dizia:
- Não chore mamãe. Por certo eles acharão e a devolverão. Quem achar pode pensar que é uma bijuteria, ou falsificação e deixar aí em algum lugar, ou entregar na recepção. Ou melhor, vamos pensar que vão deixá-la na recepção.
- Vamos torcer para isso. - falei indignada comigo mesma por ter sido tão negligente.
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