segunda-feira, 8 de agosto de 2011

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Divagações filosóficas

- das ruminações com o Deputado O. S. Ozz

O cérebro humano é a unidade propulsora da consciência social.

A sociedade, sob o ponto de vista evolutivo, nada mais é que um encadeamento de ideias com as capacidades de replicação e auto-depuramento.

Habitamos o intervalo entre o bom senso e o senso comum; daí a sensação de constante insatisfação.

Em toda a discussão ou contenda, apesar da dinâmica natural para a convergência das ideias, haverá sempre, ao menos, um aspecto da discórdia.

Em último caso, o bom senso é a melhor solução.

Resta-nos saber: O bom senso de quem?

1 Comentário

Jorge Xerxes

Acrescentando sobre aquilo que eu e o Deputado O. S. Ozz discutimos noites atrás: Viver em sociedade pressupõe a lida diária com o conflito de interesses. "Para a convergência das ideias" as partes envolvidas precisam sentar, conversar, discutir, debater... Não é isso com o que nos ocupamos boa parte dos nossos dias? Em expormos os nossos pontos de vista; em ouvirmos os pontos de vista do outro? Pois essa nobre atividade resulta em aprendizado e aprimoramento - é "propulsora da consciência social". E, graças a esse constante aparar das arestas, como acontecem às pedras que rolam nos leitos dos rios, o "senso comum", i.e. a consciência social, vai se "auto-depurando". Entretanto, cada criatura traz consigo o seu senso pessoal, intransferível, aquele que habita o seu íntimo. E, nesse sentido, o "bom senso" seria intangível. Como se cada um de nós fosse capaz de contribuir com apenas algumas das peças do quebra-cabeças. Porque o "bom censo" - aquele pelo qual clamamos - habita apenas Aquele Que É Perfeito. O Bom Censo Dele! (Mas essa é apenas uma das possíveis interpretações; erro sempre e demasidamente; e por isso sou humano).