segunda-feira, 1 de agosto de 2011

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Os Caminhos de Laura - Capitulo XXXI

Naquela noite após a palestra sobre roteiros turísticos, nos recolhemos para assistir um filme em nosso quarto.
Mas incompreensivelmente a imagem do cavalheiro elegante não saia de minha cabeça. Um ladrão no hotel!
E o que tinha a ver esse fato e meu pensamento insistindo na imagem do tal homem?
Na manhã seguinte desci para o café da manhã bem cedo. Levei minha filha junto. Não queria mais surpresas iguais a do dia anterior. Após o desjejum fomos direto para a sala de reuniões onde já estavam diversas pessoas, algumas bem alteradas pelo fato de ainda não haverem esclarecimentos suficientes sobre o desaparecimento das joias. Afinal se foram perdidas, alguém deveria tê-las encontrado.
No horário marcado chegou o gerente do hotel, logo depois o subgerente acompanhado do detetive.
- Bom dia! – abriu a reunião o gerente do hotel – a principio havíamos marcado essa reunião para dizer que estávamos trabalhando na recuperação das joias desaparecidas. No entanto um fato que aconteceu ontem à noite nos trouxe a resolução do caso. Uma senhora que havia perdido uma joia de muito valor, fez um relacionamento com fatos que ela achou relevantes e nos contatou para informar. A direção do hotel já desconfiava de que as joias foram roubadas. Após o relato dessa senhora, nossos detetives puseram-se em ação e descobriram nessa madrugada que havia um hóspede registrado com identidade falsa. Sem causar alarme chamamos a polícia especial que fez uma atuação digna de louvor. O homem foi abordado em seu quarto sem que houvesse incômodo aos outros hóspedes, e foram presos, ele e sua companheira com todas as joias roubadas ainda em seu poder, porque por certo não esperavam uma ação tão rápida.
Foi um tumulto entre os presentes. Todos queriam falar ao mesmo tempo, algumas pessoas mais exaltadas queriam saber quem eram os trambiqueiros e gritavam com os funcionários do hotel que estavam por ali.
Com algum custo foi recuperada a ordem na sala e o gerente continuou explicando, que o homem roubava as joias enquanto esbarrava nas pessoas, e rapidamente transferia para a comparsa que sumia dali com o furto sem ninguém perceber, e ele circulava mais um pouco entre os hóspedes para mostrar-se e medir a repercussão do fato. Como ficava sendo dada como perdida voltavam a serem hóspedes normais.
A um sinal do gerente o detetive saiu por alguns minutos. Voltou com dois policiais que escoltavam os meliantes.
Claro! O elegante cavalheiro e sua estranha companheira, apresentada como sua sobrinha. A mulher de cabelo laranja!
Minha intuição estava certa. Só que não atinei com a resposta exata porque na época não tinha muita vivência. Hoje ninguém mais me engana! Aprendi a usar minhas intuições a meu favor.

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