As palavras cessam na noite.
Dia em que se esconde
a vontade de ir embora.
Aos olhos é dada a profecia
vê o fim
e o começo
círculo imperfeito
ciclos apenas.
Na incerteza do tema
a trama se desenrola
ante atos e fatos.
Lendas contemporizam medos
e na moral a fábula envolve
o azar da hora
(onde está a vontade)
- o que digo não satisfaz ao ego
e me vejo adiante: perdido sentimento.
Sou quem se fecha. Casca reposta.
Invólucro lacrado na escuridão
da fruta: sumo e essência.
Ausência sobreposta.
Às vezes as cores
embaralham a vista.
O tormento se faz insano
nos panos colocados.
Ouve: o silêncio estranha o corpo
no passado retornado
em símbolos. A preguiça
invade o corpo: não tenho fome.
Saciado, descanso.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 23 de agosto de 2011
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autor(a): Pedro Du Bois
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