domingo, 25 de setembro de 2011

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aves e marés - sonia regina






em dança noturna tateamos
fugazes
a periferia de nós

mergulhamos no mistério
cresceste em marés

minha pele abriu-se em aves

e do inacessível desejado
longamente
escrevemos a sós.


sonia regina
25092011













Obs: Segunda versão do poema. A primeira pode ser lida aqui.




Imagem: autor ignorado 




2 comentários

Penélope

E nos momentos de profusão, de melancolia, sempre estamos sozinhos...
Abraços

sonia regina

Malu,
Fico feliz por tua leitura e comentário: obrigada.

Contudo, teu comentário me levou a refletir acerca da minha escrita nesse poema.

Eu não pretendia escrever sobre solidão e, sim, sobre aquele "a sós" gostoso e suave, sentido por um casal depois de muito amor.

Reescrevi. Vou deixar as duas versões.

Super grata!

Um beijo grande
da Sonia