Durante dois anos, Luan ficou indo e vindo todo final de semana da cidade onde trabalhava para onde morávamos. Foi cansativo e desgastante. Passados os dois anos ele voltou para nossa cidade com um salário melhor. Mas as festas acabaram e ficávamos muito tempo em casa em função de nossa filha.
Ele trabalhou mais alguns anos naquele cargo, e aí apareceu outra oportunidade de mudança. Desta vez a família foi mais importante. Deixei o trabalho de lado e o acompanhei.
E dessa forma, a cada promoção que ele recebia, mudávamos para outros locais. Fizemos uma centena de amigos verdadeiros nessas andanças.
Assim nesse vai e vem vivemos juntos por dezoito anos.
Luan foi o companheiro mais carinhoso, mais amigo, atencioso, honesto, fiel, sempre lembrando de mim em primeiro lugar, e suas atenções foram direcionadas para meu bem estar, sempre. Nunca me deixou faltar nada e principalmente, poucas foram as vezes que demonstrou não ser feliz.
Todo o tempo em que vivemos juntos nunca brigamos, nem uma rusga mais séria atrapalhou nosso convívio.
Eu o ajudei a crescer profissional e pessoalmente. Fiz todo o possível para que ele complementasse seus estudos. Estudava com ele. Fazia seus trabalhos. Dedicava-me. Tudo para retribuir sua atenção constante. Nada para mim era trabalhoso demais desde que fosse para ele. Queria lhe dar felicidade completa em retribuição à felicidade que ele me dava.
Confiava nele e em seu amor e carinho por mim. Afinal, por várias vezes ele afirmou que nunca me abandonaria. Acreditava muito nisso!
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