quarta-feira, 19 de outubro de 2011

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REMAR

Repele o remo
teu barco
navega
ao sabor
da água
seca em margens
altas de represas:

repara em ti mesmo
na lâmina espelhada
da água fria

o navegador abdica
da constância
e o corpo desce
a corredeira

não chore o pouco caso como terminam
viagens não iniciadas: aos barcos
ancorados no mistério são devolvidos
ônus incorporados ao corpo
arremessado.

(Pedro Du Bois, inédito)

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