meus arcos são diáfanos quando da passagem oriente
sol em seus tenazes de lírios loquazes espremidos
no horizonte plano, curvo e vesgo à distância da veneração
em noites morenas revelam-se suas longas caudas sem confundir-se
com o pó prensado dos desertos crus - enamorados das passagens
líquidas e verdes, sonhados e sonâmbulos em suas fortunas
em dias de febre passeiam no ósculo de Apolo, alienígenas e macros sem breves ou brevê suas cores transparecem e tonificam lilases e róseos de todos os azuis, expressos nas longas eternidades das planícies e seus oratórios de limo e paz e ,mesmo assim, não prosperam ou ascendem, antes, erguem-se lisos e latentes, conscientes, formosos, tocando os ventos do tempo, o diamante
da lua, liquefeitos, mornos, sem tingir-se para o porvir
enfeitam-se de sombras e silêncio para as estrelas pálidas e sorridentes dos terraços sem pulsão – pouso de perfumes que prometem manhãs de tino e vôo no deserto da água.
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