terça-feira, 20 de dezembro de 2011

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BOAS FESTAS !

 
 
 
 
Deixo escrituras que eu gostaria de ter escrito, um cartão feito por mim (disponibilizo o uso) e o mantra Nam Myoho Renge Kyo (pode ser ouvido e sobre ele pode ser lido em meu blog pessoal http://pousio.blogspot.com).
 
Os meus mais sinceros votos de um Natal muito feliz e um 2012 pleno.

Um abraço amigo
da Sonia Regina


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Natal abrimos nossos corações e nos permitimos sentir a alegria e o amor. E ainda acolher e compartilhar com o próximo o segredo de amar de maneira sincera e desinteressada, que é antes dar para depois receber.




aaReceita de Ano Novo
aaCarlos Drummond de Andrade


    Para você ganhar belíssimo Ano Novo
    cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
    Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
    (mal vivido ou talvez sem sentido)
    para você ganhar um ano
    não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
    mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
    novo
    até no coração das coisas menos percebidas
    (a começar pelo seu interior)
    novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
    mas com ele se come, se passeia,
    se ama, se compreende, se trabalha,
    você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
    não precisa expedir nem receber mensagens
    (planta recebe mensagens?
    passa telegramas?).
    Não precisa fazer lista de boas intenções
    para arquivá-las na gaveta.
    Não precisa chorar de arrependido
    pelas besteiras consumadas
    nem parvamente acreditar
    que por decreto da esperança
    a partir de janeiro as coisas mudem
    e seja tudo claridade, recompensa,
    justiça entre os homens e as nações,
    liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
    direitos respeitados, começando
    pelo direito augusto de viver.
    Para ganhar um ano-novo
    que mereça este nome,
    você, meu caro, tem de merecê-lo,
    tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
    mas tente, experimente, consciente.
    É dentro de você que o Ano Novo
    cochila e espera desde sempre.


Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997
Fonte: Releituras

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