Deixo o corpo aprisionado
ao instante: revelo à mente o bastante
do poente e da poeira estelar retiro
o desenho longínquo do encontro
deixo a energia consumir
o ofertado em holocausto
das cinzas não renascem mitos
que lançados à terra e à água
se incorporam ao vivo habitar: rancor
com que o barqueiro leva o barco
ao limite do desconhecimento
deixo o óbolo sobre a pedra
e retiro o corpo ao contato.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
0
DEIXAR
autor(a): Pedro Du Bois
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Seja o primeiro a comentar:
Postar um comentário