A DANÇA DOS ARCOS - A ÁGUIA DE OUR0
II - O URRO DA ÁGUIA
1.
Imola ou se Cala
Sacrifício
são três ou quatro
urra
o Senhor do tempo
e se dissolvem as
tuas travas
Não sabemos, ainda, se verde rosa
ou amarelo serenata
o som do dia amanhecido.
Na mente do homem
recriam-se umas ninharias
ou palavras esquecidas
O URRO DA ÁGUIA
O URRO DA ÁGUIA
deságua
O URRO DA ÁGUIA
se cala e desbrava
O URRO DA ÁGUIA
esquarteja
os sacrifícios de um Senhor
perfizeram-se
INSOLENTES
o sorriso da matéria
CANALHA
te espia a Águia
em seu galho de prata
CANALHA
te lambe a Águia
em seu galho de prata
a estrela percorre a última volta
logo estará completamente nua
esquálida, branca e inerte,
fria dormente senhora
pousada em tua mão
- logo firme e quente
insólita quanto as noites
que castigam o vácuo de fogo
INSOLENTES
logo nuas e brilhantes
raiaram na praia
é dia e se fez noite
nos escombros e seus júbilos.
2
e prenha minhas estrelas
que virgens vácuos
se movem na morte delas
Gritam durante o dia
os vinte e três espaços
razoável e brando amor
nos enlaces do tempo.
Lamba e ornamente os campos
que os fornecerei e untarei
com os olhos de meus servos
mistérios que
se movimentam
móveis colunas
sedimentados
de bárbaros
e sementes
Move, menina, mil poentes
enquanto se faz lua e lázaro
que me acorrentam doze serpentes
Muda movediça é a água do dia
Perfilada no alto e no céu
Luz farto povoar de caravelas.
oitenta e nove
as vertigens dos
bárbaros.
AVE MARIA DE BELO NEGRITO
SE QUEREM A CORREIA
E SEU FREIO E SUA NAVE
CAMINHEM
E NÃO SE PERCAM
QUE A LUZ PERCORRE
A MAIS ALTA NASCENTE.
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