POUCO
afasto-me em dias:
revigoro os contos
em revoluções mecânicas
na ressurreição do ocaso
cristalizado em efêmeros
fantasmas de filmes
de segunda classe. Odeio
sair de casa e me faço parado
na porta fechada em entretelas:
a mosca aprisionada me alimenta
e dela me arrepio na constância
da barbárie que me remete
ao significado onde me instalo
dias dispensados ao alcance
e o cínico olhar de fora e dentro
me convence do fracasso: sou
aqui o descalabro do presente.
(Pedro Du Bois, A CASA DAS GAIOLAS)
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
0
A CASA DAS GAIOLAS - XIV
autor(a): Pedro Du Bois
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Seja o primeiro a comentar:
Postar um comentário