terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

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A Dama do Metrô 70.








Malu se jogou na cama. Cansada queria dormir, mas precisava de um banho e desfazer das roupas. Suja, mais de três dias com a mesma roupa fedia como gambá. Comprara roupas decentes. Não podia procurar emprego com a roupa suja, fedendo. Não quis usar os cartões dos rapazes, ficou com medo. Tinha quebrado todos os cartões e jogado no lixo. Comprara as roupas com o dinheiro deles, portanto tinha que economizar. Rolou na cama imaginando a surpresa deles ao acordarem nus e abraçados.
Saíram do restaurante, como se diz no jargão dos embriagados, trançando as pernas. Felipe e RR abraçados se apoiavam em Malu que era a que menos bebera. Com uma certa dificuldade subiram a escada, por infelicidade o elevador estava quebrado. Assim que fecharam a porta do quarto, os três se jogaram na cama rindo com a situação.
Malu pegou as duas garrafas de vinho que trouxera e se dirigiu à cozinha.
- Esperem aqui, meninos, que vou abrir o vinho para continuarmos com a festa.
Ao voltar encontrou Felipe quase nu, só de cueca. Viu que teria um certo trabalho com ele, pois percebeu que por dentro da cueca ridícula que usava, todo o excitamento do prazer se mostrava sem pudor.
- Caramba! Você é apressado.
- Vai, Malu, faz para a gente ver. – disse RR.
- Fazer o que? – perguntou passando para eles um copo cheio de vinho.
- O strip-teeser que fazia no barracão.
- Ah! Safado lembra disso é?
- Lembro.
- Está bem. Mas com uma condição, depois você faz o seu, está bem?
- Claro – concordou RR bamboleando-se no álcool que o comandava.
Malu se posicionou no meio do quarto. Apagou as luzes do lustre, deixando apenas as do abajur aceso e começou num movimento bem lento o seu show. Sabia que precisava entreter ao máximo para conseguir o que queria. Olhando para Felipe, viu que ele se masturbava por cima da cueca.
- Esse cara vai ser difícil tombar. – pensou.
Calculando os gestos propositadamente, passou diversas vezes às mãos nos seios, descendo até entre as pernas, simulou felação com os dedos, e, num movimento estudado retirou a blusa, em seguida deixou a saia cair no chão do quarto, e o sutiã jogou no rosto de Felipe que num gesto rápido desviou pouco se importando com a peça intima de Malu.
- É já vi, vou ter trabalho com esse cara. – pensou.
Então teve uma idéia.
- Agora é a vez de um de vocês fazer um strip para mim. Já que Felipe está só de cueca que tal você RR?
- Eu?
- Sim, você.
- Por que eu?
- Por que você é o mais bonito e o mais sexy.
- Está bem, vou fazer.
RR, em pé na cama, começou a tirar a camisa num movimento lerdo por causa do álcool, seus gestos descontrolados não tinham nada de erótico, no entanto ao se abaixar para tirar as calças, desabou na cama num sono profundo.
- Pronto esse já era. – pensou Malu – agora vamos ver o Felipe.
Aproximando-se dele, Malu o induziu a ser levada para cama e lá começaram o jogo erótico das caricias preliminares, deixando Malu meio que acesa. Surpreendeu-se com o vigor sexual de Felipe, mesmo embriagado, seu excitamento levava-a a gozar várias vezes, o que não estava em seus planos. Assim mesmo procurou tirar proveito.
- Felipe, calma, estou com sede. Vamos tomar um copo de vinho.
Encheu o copo dele até a borda, no seu apenas molhou o fundo. Beberam entre beijos e abraços, num torvelinho no qual Malu pensou que não sairia mais. Por fim, saciando-se num orgasmo prolongado, Felipe tombou de lado fechando os olhos satisfeitos.
- Ufa! Até que enfim. – disse saltando da cama o mais rápido possível.
Vestiu-se, pegou as roupas dos dois, enfiou numa sacola, pegou as carteiras e verificou que estavam cheias. Com certo esforço colocou os dois nus e abraçados. Da porta, antes de sair, se virou para ver o efeito da cena. Lá estavam os dois mancebos como se fossem dois namorados. Fechou a porta bem devagar.

pastorelli

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