terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

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Meu cavalo contra a distância




como a lua afaga a alvorada do novo dia

como o sol beija o crepúsculo da noite

que há por vir

minha pobre alma abençoa o cavalo branco alado

percorre a distância imensa que nos separa

em pensamento

no plano imaginário do místico, do simbólico, do alquímico

não existe esta restrição humana mesquinha

e na intenção de um coração puro

não habita a distância, nem o tempo

mesmo velho eu sou menino

é você menina quem beija minha fronte

os nossos corpos se fundem contentes

de uma só alegria, tão calma, que sequer existimos depois

resta o orvalho da manhã que é lágrima calada

resta o arco-íris da tarde que é sorriso de todo o céu

dentre todas as cores

você é a mais linda

1 Comentário

Lílian Maial

Jorge, uma beleza de poema, que transmite a beleza com serenidade e surpresa! E a imagética compõe com elegância. Parabéns!