Em meio ao lixo os homens se acumulam,
Como volumes no meio do monturo,
Como os sacos de lixo lançados no escuro,
Que durante o dia os urubus perfuram.
Essa a cena urbana que perscruto,
Desses seres que no lixo só procuram,
Onde as muitas vidas do mundo se misturam,
Catar as próprias vidas desse entulho.
Para, enfim, passear não mais cativos,
Colher os tenros frutos do cultivo,
Sentir-se continente e não mais ilha.
Viver todos os minutos de um dia,
Como quem se sabe obra que sacia,
E não página arrancada de um livro.
Como volumes no meio do monturo,
Como os sacos de lixo lançados no escuro,
Que durante o dia os urubus perfuram.
Essa a cena urbana que perscruto,
Desses seres que no lixo só procuram,
Onde as muitas vidas do mundo se misturam,
Catar as próprias vidas desse entulho.
Para, enfim, passear não mais cativos,
Colher os tenros frutos do cultivo,
Sentir-se continente e não mais ilha.
Viver todos os minutos de um dia,
Como quem se sabe obra que sacia,
E não página arrancada de um livro.
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