quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

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Sopros



















No sangue de uma carne trêmula como bandeira ao vento
sou a fúria incontida pela confusão dos ossos.
A memória contra a pele espessa.
E porque me amam como às minas do alto das montanhas
vou me deixando surgir entre os poros da terra.
Inalo o tempo, sopro ventanias. Sou eu que me respiro.
Pois, por trás de tudo, algo me cobre.


Sonia Regina




Imagem: Bogdan-Andrei Ailincai

2 comentários

regina ragazzi

Uau... que lindo! Intenso...
Belíssimo blog. Abraços

Anônimo

Regina,

Muito obrigada pela leitura e comentário ao meu poema e elogio ao site. Volte sempre!

Abraço amigo
da Sonia Regina