terça-feira, 13 de março de 2012

0

UM BRANCO

Pasma
A caneta afasta o bico
do papel.
E a folha que se faz deserta
Faz-se falha.
A mão
Que o objeto prende
Na sua ânsia treme.
Angustia de não ser falha
E na folha cicatrizar o verbo
A beleza da nossa fala.
Silêncio!!!
Descansa lívida e pálida a folha enorme!
Treme a mão e a caneta dorme.
Neste momento;
Neste tormento que o ponteiro mostra.
E o grito e a noite…
E os passos que distante vão?
Minha mão repleta
De um profundo não.

Seja o primeiro a comentar: