sexta-feira, 31 de agosto de 2012

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ÁVIDO

Ávido de paixão
ama o corpo submisso
comprado no pouco
siso da mocidade

a ilusão na sombra
elementar do compromisso

avança a mão e toca o sexo
adquirido, reforça a mão sobre o sexo
destruído, esforça a mão entre sexos
indefinidos. Com força, retira a mão
do sexo possuído. Recompõe o sexo
e ignora o corpo ao lado. A hora
da avidez se faz incerta no amor
submisso ao sexo descontraído.
Recoloca a mão sobre o sexo,
                          onde termina.

(Pedro Du Bois, inédito)

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