segunda-feira, 27 de agosto de 2012

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(IN)CONFISSÕES...



É tempo de tocar as águas turvas dos sonhos e dissolver em cores marinhas a face opaca dos pesadelos.
Pintar com pedra anil as vestes da solidão.
Nascer em mim a palavra escrita pela não dita, dando-te vida, o som... a manifestação dos gestos e o mais sutil dos afetos.
Tempo, e mais que tempo, de colar minha boca na tua e dentro do meu beijo semear os profundos desejos em camas de conchas.
Muito mais que tempo desnudar minha alma, despir meu corpo inteiro para ti - ventre e seios -  seios para os afagos e ventre nu a pousar em teu abdômen morno.
É tempo de arrancar dos teus olhos todas as penumbras que te fazem sombras e fecundar um sol azul, uma estrada azul, um sonho azul, uma simples rosa azul em seu aroma azul.
Tempo de levar tuas mão para os meus íntimos abrigos e por eles passear em ais... em suaves gritos...
É tão somente e, preciso tempo, de revelar meus sentimentos... a comunhão que tenho contigo, nos meus dias não mais solitários.
Tempo urgente de dizer-te que me quero plena e absoluta, que me ergo terna e uníssona mulher - diante de ti.

Imagem Google

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