Pequenas coisas ainda mostram a minha humanidade: acertar o “soneca” do despertador para mais 10 minutos do melhor do sono, levantar e ver o dia, sorrir com os pássaros fazendo algazarra nas árvores, tentar d...
efinir a lua, impregnar a linfa do cheiro dos meus filhos, lembrar de me lembrar de dias distantes.
É fácil verificar mensagens de e-mail e novidades nas redes sociais. Ligar a televisão e saber do que se passa do outro lado do mundo. Absorver todas as notícias dos últimos cremes para combater ruga, peito caído, bunda murcha e homens sem palavra. Queria um creme para combater nódoas na cara de pau, ou um dentifrício que segurasse as línguas maledicentes.
Ah! Cansei de tanto procurar! Quero achar, para variar um pouco. Vivo procurando me comportar, procurando preço mais em conta, procurando me defender, procurando não deixar o tempo escapar por entre os dedos, procurando dar uma boa formação aos filhos, mesmo que eu não tenha a certeza se a minha foi a melhor. Procurar cansa! Quero achar! Achar a verdade. É pedir muito?
Houve um tempo em que imaginava que só havia verdade em tudo. Eu chorava de dor, sorria de alegria, me aborrecia com falsidade, dizia o que pensava e fazia o que me aprouvesse. Será que isso aconteceu? Parece que embaralharam tudo, o mundo virou uma miscelânea de desejos reprimidos e prêmios de consolação. Os valores todos trocados e o gado engolindo a ração.
Preciso de todas essas pequenas coisas, pequenas tarefas, pequenos afazeres que me garantem que ainda sou humana. Mais que tudo, essa incerteza me assombra. É um só caminho, mas com tantos atalhos! Um labirinto delicado, um eterno caminhar de volta ao começo.
Está na hora das maritacas confabularem e me avisarem do fim do dia. É hora das buzinas, dos faróis, do cheiro de comida dos vizinhos, daquele desconhecido que me envolve na fumaça de seu cigarro solitário na varanda, da criança que chora até pegar no sono, de mais um capítulo da procura.
Hoje arrumei armários, lavei roupas, organizei arquivos. Precisava fazer coisas. Amanhã volto ao normal e ligo a TV. Quem sabe não acho mais um filme que me confirme a saudade de mim?
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É fácil verificar mensagens de e-mail e novidades nas redes sociais. Ligar a televisão e saber do que se passa do outro lado do mundo. Absorver todas as notícias dos últimos cremes para combater ruga, peito caído, bunda murcha e homens sem palavra. Queria um creme para combater nódoas na cara de pau, ou um dentifrício que segurasse as línguas maledicentes.
Ah! Cansei de tanto procurar! Quero achar, para variar um pouco. Vivo procurando me comportar, procurando preço mais em conta, procurando me defender, procurando não deixar o tempo escapar por entre os dedos, procurando dar uma boa formação aos filhos, mesmo que eu não tenha a certeza se a minha foi a melhor. Procurar cansa! Quero achar! Achar a verdade. É pedir muito?
Houve um tempo em que imaginava que só havia verdade em tudo. Eu chorava de dor, sorria de alegria, me aborrecia com falsidade, dizia o que pensava e fazia o que me aprouvesse. Será que isso aconteceu? Parece que embaralharam tudo, o mundo virou uma miscelânea de desejos reprimidos e prêmios de consolação. Os valores todos trocados e o gado engolindo a ração.
Preciso de todas essas pequenas coisas, pequenas tarefas, pequenos afazeres que me garantem que ainda sou humana. Mais que tudo, essa incerteza me assombra. É um só caminho, mas com tantos atalhos! Um labirinto delicado, um eterno caminhar de volta ao começo.
Está na hora das maritacas confabularem e me avisarem do fim do dia. É hora das buzinas, dos faróis, do cheiro de comida dos vizinhos, daquele desconhecido que me envolve na fumaça de seu cigarro solitário na varanda, da criança que chora até pegar no sono, de mais um capítulo da procura.
Hoje arrumei armários, lavei roupas, organizei arquivos. Precisava fazer coisas. Amanhã volto ao normal e ligo a TV. Quem sabe não acho mais um filme que me confirme a saudade de mim?
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