- Senhora! Aceita um
café?- Ouvi alguém dizer, tirando-me das recordações.
- Não obrigado!
Agora,
olhando o rosto tão sereno daquele homem singular, me pergunto: será que Deus o
perdoou? Sua caridade de trinta anos ajudando a tantos jovens, meninos,
meninas, mães carentes e desesperançadas com o filho nas drogas. Além desses, ajudou
a todos que precisavam de alguma coisa, fosse o que fosse, com desvelo e
sabedoria, sempre procurando fazer o melhor para as pessoas. Esquecia-se dele
mesmo para ir ao hospital cuidar de algum velhinho doente, e que não tivesse
alguém por si. Fazia tudo para ser perdoado.
Chegou
a hora do enterro. Nossos filhos e as
pessoas da comunidade onde morávamos, acompanharam o féretro até o cemitério
orando por ele. Lá o Padre abençoou-o mais uma vez, e o caixão desceu para o
túmulo. Sua
eterna morada.
E
a compensação pelos seus erros? Deus saberá lhe dar perdão, se ele o merecer.
Seja o primeiro a comentar:
Postar um comentário