Já
os olhos dos homens seguem calados.
Perdidos
de tantas vidas,
em
seu longo jejum de atitudes
imersos
em suas existências omissas.
Parasitas
de sóis e estrelas
vidro
fosco entre o luar e a razão.
A
indiferença a essa luz que os perpassa
prenuncia
o ser cego,
inclinado
a parecer correto,
desterrado,
que
se deixou na terra
a
invejar os colibris.
Por
que as mariposas buscam insones
o
brilho no olhar da criança?
Morte
às mariposas!!!?
Morte
às crianças!???
Roga
o olhar do homem em lágrimas,
o
fim da poesia.
(do livro Verdes versos - 2007)
2 comentários
Jorge,
Belo Poema!
Gostei especialmente da seguinte estrofe...
A indiferença a essa luz que os perpassa
prenuncia o ser cego,
inclinado a parecer correto,
desterrado,
que se deixou na terra
a invejar os colibris.
Um forte abraço,
Jorge
Sim, às vezes estamos tão ávidos e sedentos de LUZ que quase nos matamos indo ao seu encontro de forma inconsequente, porém a poesia há de perecer sempre... mesmo que na penumbra.
Abraços
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