terça-feira, 27 de novembro de 2012

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SOMBRAS

No castigo a sombra
pétrea dos acertos afunila
palavras
       diz inverdades aos incautos
       sobre personagens
       em razões epúrias
             mente dizeres de arrependimento
             e no matiz colorizado em pontes
             alisa rugas que ameaçam
                            sua pouca idade.

O dito em auxílio. O castigo
no corpo alinhado em defesa
do espírito. A materialização
do verbo indefensável
no destino dos amantes
carnais em repouso.

O dia em orações e silêncio
transborda ao alcance da mão
na arma imortal do instrumento: busca
no espaço a figura desestruturada
das flores em vasos. A sombra se ofende
com a falta de respostas e no ambiente
a alma acalma o corpo sobre a cama.

(Pedro Du Bois, inédito)

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