Uma viagem, uma maneira de se
afastar de si mesmo. A possibilidade de ser um outro alguém.
No caminho pelo qual há alguns
séculos haviam passado nobres da corte portuguesa, as montanhas se mostravam
imponentes e indiferentes a tudo.
As grutas ao contrário das
obras barrocas encontradas na superfície, esculpiam pacientemente, suas obras,
algumas de tão pouca vaidade se escondiam no subterrâneo, onde o olhar do homem
não pode alcançar.
As curvas sinuosas da estrada o fazia lembrar da sempre presente possibilidade de morrer, o medo atraia sua mente
para o interior da serra, vergonha reforçada pelo olhar dos santos que residiam
dentro das igrejas.
A solidão do quarto o fazia recordar de que não existia conforto em seu retorno, pois ainda sentia-se o mesmo, o
mesmo perdido em si, que não tinha um lugar pra chamar de seu.
1 Comentário
Estou precisando de uma viagem dessas. Embora saiba que não há solução. Não há como fugir do labirito pq o labirinto se movimenta com vc onde quer que vc vá. Negócio é manter as mãos ocupadas e ir tocando sem pressa. Acertou de novo, não é novidade!
Daniel Lopes
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