HO HO HO! Por onde
quer que se passe, tudo lembra o Natal! Nas ruas, nas casas e nos
estabelecimentos comerciais não faltam imagens do “Bom Velhinho”, bolas e
enfeites multicoloridos. A iluminação natalina enche os olhos de quem circula
pelas ruas centrais e tudo lembra a frenética preparação para a chegada do 25
de dezembro.
Comparativamente às
centenas de papais noéis que tomaram conta de todos os espaços, os presépios
que lembram a data mais festejada dos cristãos têm uma presença modesta... Aliás,
o que vamos comemorar, mesmo? O recebimento de presentes? As férias coletivas,
folgas? Aquela viagem esperada o ano inteiro?...
O sol do meio-dia é
inclemente, atinge e pele e gera grossos pingos de suor. Caminho pelo Calçadão
e fico observando as pessoas. Andam apressadas, segurando sacolas e bolsas.
Alguns carregam ou seguram seus filhos ou sobrinhos também. As vitrines mostram
ofertas tentadoras, à vista e a prazo. As mulheres, especialmente, se detêm nos
novos modelos de calçados... E quem disse que colecionar sapatos, sandálias,
rasteirinhas e o que mais couber nos pés é uma compulsão eminentemente feminina,
acertou!
Sigo caminhando
pelas ruas centrais, entre butiques e lojas populares, com seus balaios de
ofertas, e as sempre concorridas lojas de preço único.
Ando mais um pouco
e alcanço o shopping. O ambiente refrigerado me dá as boas vindas. A música
natalina domina o lugar. Subo a escada rolante e chego ao espaço destinado à
“Santa Klaus”, com bonecos eletrônicos que se movimentam e, criando a tão
conhecida Magia do Natal. Um urso fala! Ele faz perguntas às crianças sobre sua
vida, seus hábitos... E elas respondem, encantadas...
O papai noel,
sentado no seu trono, tem barba natural e parece ter vindo direto da Lapônia,
voando em seu trenó. Com voz baixa e calma, é atencioso e procura driblar os
pedidos mais caros, ou bizarros. Vejo uma menina chegar, timidamente, e ser carinhosamente
acolhida.
- Papai noel, vim fazer o meu pedido, fala ela, em voz baixa.
- Como é
o teu nome?, pergunta ele.
- Marialva.
Noel fica esperando.
- Eu quero que as
guerras acabem, porque acho muito triste. Queria que o mundo tivesse paz.
Ele
pensa, pensa e finalmente responde:
- Marialva, esse é um pedido muito bonito. Mas para
que isso aconteça, é preciso que todos se empenhem, começando pela própria casa.
Acredite, é possível. Faça a tua parte.
Ho Ho Ho! E Marialva foi embora, com
um sorriso de esperança no rosto...
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