domingo, 16 de dezembro de 2012

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CHRISTMAS TIME! - SÔNIA PILLON


    HO HO HO! Por onde quer que se passe, tudo lembra o Natal! Nas ruas, nas casas e nos estabelecimentos comerciais não faltam imagens do “Bom Velhinho”, bolas e enfeites multicoloridos. A iluminação natalina enche os olhos de quem circula pelas ruas centrais e tudo lembra a frenética preparação para a chegada do 25 de dezembro.
   Comparativamente às centenas de papais noéis que tomaram conta de todos os espaços, os presépios que lembram a data mais festejada dos cristãos têm uma presença modesta... Aliás, o que vamos comemorar, mesmo? O recebimento de presentes? As férias coletivas, folgas? Aquela viagem esperada o ano inteiro?...
   O sol do meio-dia é inclemente, atinge e pele e gera grossos pingos de suor. Caminho pelo Calçadão e fico observando as pessoas. Andam apressadas, segurando sacolas e bolsas. Alguns carregam ou seguram seus filhos ou sobrinhos também. As vitrines mostram ofertas tentadoras, à vista e a prazo. As mulheres, especialmente, se detêm nos novos modelos de calçados... E quem disse que colecionar sapatos, sandálias, rasteirinhas e o que mais couber nos pés é uma compulsão eminentemente feminina, acertou!
  Sigo caminhando pelas ruas centrais, entre butiques e lojas populares, com seus balaios de ofertas, e as sempre concorridas lojas de preço único. 
   Ando mais um pouco e alcanço o shopping. O ambiente refrigerado me dá as boas vindas. A música natalina domina o lugar. Subo a escada rolante e chego ao espaço destinado à “Santa Klaus”, com bonecos eletrônicos que se movimentam e, criando a tão conhecida Magia do Natal. Um urso fala! Ele faz perguntas às crianças sobre sua vida, seus hábitos... E elas respondem, encantadas...
   O papai noel, sentado no seu trono, tem barba natural e parece ter vindo direto da Lapônia, voando em seu trenó. Com voz baixa e calma, é atencioso e procura driblar os pedidos mais caros, ou bizarros. Vejo uma menina chegar, timidamente, e ser carinhosamente acolhida.
- Papai noel, vim fazer o meu pedido, fala ela, em voz baixa.
- Como é o teu nome?, pergunta ele. 
- Marialva. 
 Noel fica esperando. 
- Eu quero que as guerras acabem, porque acho muito triste. Queria que o mundo tivesse paz.
 Ele pensa, pensa e finalmente responde: 
- Marialva, esse é um pedido muito bonito. Mas para que isso aconteça, é preciso que todos se empenhem, começando pela própria casa. Acredite, é possível. Faça a tua parte.
   Ho Ho Ho! E Marialva foi embora, com um sorriso de esperança no rosto... 

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