A cumplicidade dos olhares sincronizados pela espontaneidade acontecia
com frequência, a fuga rápida antecedida por um breve, mas intenso sorriso, as
horas de eventos como estes, se transformavam em semanas, quinzenas e meses.
O receio da má interpretação
dos sinais físicos, o faziam temer, que tudo aquilo fosse mera ficção, uma
maneira elegante de sofrer.
Uma mão sentia o corpo da amada
(rápido resvalar de braços), isto o convencia de que não estava errado, de que
era correspondido, e que podia transmitir oralmente seus sentimentos, mas a
autocensura o desencorajava.
Outro dia chegava ao seu final,
mais um: - Tchau, até amanhã! Fazia com que levasse dentro da pasta, de volta
para casa mais do que o material de trabalho, carregava seu segredo e a dúvida
de que se deveria ou não compartilhá-lo com a habitante do seu pensamento.
3 comentários
Sempre no limiar do Ser.Cada escolha mergulha mundos na sombra. Como decidir então? Ser livre é coisa muito séria. Como encarar e ser responsável por uma miríade de caminhos diferentes? Lembrei da canção o medo de amar, do Beto Guedes.
Abração,
Daniel Lopes
Olá adorei seu blog!
Que seu Natal seja completo, pleno de amor e felicidade..
Senti uma atmosfera dos diários de Kafka. A timidez, o percurso até a nudez do pensamento do outro, os sinais, a confusão amorosa... seus textos sempre me arrebatam!
um beijo
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