quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

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Enganos da Vida - Capítulo VI


 Fábio havia me usado. Sabendo que eu tinha acesso a muitos dos segredos da empresa, segredos estes que, por confiança naquele sorriso traiçoeiro, deixei escapar. Mas, esse homem, eu considerava meu marido.  Por exemplo: um mês antes dissera a ele que trazia assuntos confidenciais para resolver em casa, por achar seguro e ter mais tranquilidade para trabalhar. Ele ainda avisara, –‘tome cuidado, com essas coisas não se brinca’ – e eu não Sabia disso? Mas ia desconfiar de meu marido? Eu o amava. Bem, acho que o amava. Agora estou com um ódio danado dele. O infeliz mandou me matar!
Rafael ordenou rapidamente:
– Saia pela porta dos fundos e corra até um carro preto que está do outro lado. Terá que passar pelo quintal do vizinho, mas ele já está avisado, irá ajudar se necessário. Saí correndo e fui em direção ao quintal dos fundos de minha casa. O vizinho estava varrendo as folhas caídas, e me fez sinal para que me dirigisse à frente. Entrei no carro estacionado que arrancou imediatamente.  O motorista abriu caminho com as sirenes ligadas, e minutos depois alcançou a autoestrada, uma grande rodovia que levava ao interior do estado.

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