quando percebo o crespo
curvar de teus dedos presos ao meus
arranhando um pedido de
proteção e despedida
não sei de nenhum
entendimento para além das árvores, que
agarradas
ao solo, estão no ar e na
noite assoprando sua ciência do desconhecido
fragmentado na dor e no
murmúrio da vida
nenhum descuido será mais
breve do que a entrega nos olhos
dos que se mentem – por anos
e silêncios –
da verdade, essa espuma no
cálice - agora suave -pois enfim
é límpido o céu de nossos
esquecimentos.
3 comentários
É de uma sensibilidade neossimbólica incrível! Abço
Obrigada, querida, o que sabemos só descobrimos na poesia. Abraço.
Jandira,
Um Ótimo e Inspirado Poema!
Beijos,
Jorge
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